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Principais Espécies exóticas que invadiram a Bacia do Rio Doce

A introdução de espécies de peixes em um determinado ambiente onde ela não é nativa, pode gerar diversos impactos para esse local. Quando a espécie introduzida é exótica, com potencial invasor, ou seja, ela se adapta ao ambiente onde foi introduzida, desenvolvendo grande poder de reprodução e dispersão, ela pode causar a extinção de animais e plantas e a modificação do habitat, entre outros impactos. Por não possuírem predadores naturais, as espécies exóticas invasoras se multiplicam rapidamente, competindo ou mesmo se alimentando diretamente das espécies nativas.

Em conversa com Gabriela Teixeira Duarte, que faz parte da equipe da Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais da Cemig, ela explica que espécies em menor quantidade são menos competitivas em relação a uma espécie exótica invasora, e, por isso, são mais propensas a “serem invadidas”. Gabriela também explica que as características físicas de uma espécie nativa podem não ser favoráveis em caso de defesa dessas espécies exóticas invasoras. Ela também conta que há estudos que relatam problemas em filhotes, a partir do cruzamento entre essas espécies (nativas com exóticas ou vice-versa), como a infertilidade, por exemplo.


Tucunaré



Piranha Vermelha

 

Piscicultura
Os projetos em piscicultura hoje em dia são feitos com a preocupação de evitar fugas e minimizar os impactos ambientais causados pela atividade. Em algumas regiões existem leis restritivas ao cultivo de certas espécies, cuja finalidade maior é evitar impactos ambientais decorrentes de fugas.


Predadores como o Tucunaré Cichla ocellaris e Piranha-vermelha Pygocentrus nattereri são exemplos de espécies exóticas invasoras e têm sido os principais causadores da perda de biodiversidade do complexo lacustre do médio rio Doce, onde 45 lagos encontram-se inseridos no Parque Estadual do Rio Doce.


Veja abaixo quais são as outras espécies exóticas invasoras presentes na Bacia do Rio Doce:

Espécie
Nome Popular
Origem
Colossoma macropomum
Tambaqui
Bacia Amazônica
Leporinus macrocephalus
Piauçu
Bacia do Paraguai
Hyphessobrycon eques
Mato grosso
Bacia Amazônica e do Paraguai
Metynnis maculatus
Pacu peva
Bacia Amazônica e do Paraguai
Piaractus mesopotamicus
Pacu caranha
Bacia do Paraná e do Paraguai
Pygocentrus nattereri
Piranha Vermelha
Bacia Amazônica, do Paraná e do Paraguai
Salminus brasiliensis
Dourado
Bacia do Paraná e do Paraguai
Prochilodus costatus
Curimatá/Pioa
Bacia Do São Francisco
Aristichthys nobilis
Carpa-cabeça-grande
China
Ctenopharyngodon idella
Carpa capim
China até o leste da Sibéria
Cyprinus carpio
Carpa comum
Europa a Ásia
Hypophthalmichthys molitrix
Carpa prateada
Europa a Ásia
Poecilia reticulata
Barrigudinho
Norte do Brasil
Xiphophorus hellerii
-
América Central
Lepomis gibbosus
Peixe-sol
América do Norte
Micropterus salmoides
Black bass/Boca grande
América do Norte
Astronotus ocellatus
Apaiari/Oscar
Bacia Amazônica
Cichla cf. kelberi
Tucunaré
Bacia do Araguaia/Tocantins
Oreochromis niloticus
Tilápia
África
Tilapia rendalli
Tilápia
África
Hoplosternum littorale
Tamboatá
Argentina
Clarias gariepinus
Bagre africano
África
Ictalurus punctatus
Bagre americano
América do Norte
Pogonopoma wertheimeri
-
Bacia do Mucuri
Lophiosilurus alexandri
Peixe sapo/Pacamã/ Piacururu
Bacia do São Francisco
Pimelodus maculatus
Mandi
Bacia do São Francisco e do Paraná
Pseudoplatystoma sp. (híbrido)
Surubim “Ponto e Vírgula”
Bacia do São Francisco e do Paraná

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