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Peixe-zebra regenera barbatana caudal graças a mecanismo celular presente nos humanos

Uma equipa de investigadores descobriu que o peixe-zebra consegue regenerar a barbatana caudal, após um corte, graças a um sinal elétrico das células, que também existe nos humanos, anunciou hoje o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC).














"Teoricamente, as nossas células têm um potencial para utilizar a mesma estratégia que o peixe-zebra usa para regenerar" a barbatana caudal, sustentou à agência Lusa Joaquín Rodríguez-León, investigador do IGC que coordenou o trabalho.
A equipa detetou que o peixe-zebra conseguiu recuperar o tamanho da barbatana caudal, após um corte, graças a uma enzima, a V-ATPase, que "forma um canal na membrana celular e bombeia os iões de hidrogénio ou protões para fora das células, gerando uma corrente elétrica".
"Quando eliminávamos esta bomba da célula, a regeneração era muito pouca, o peixe não conseguia regenerar a barbatana caudal até ao fim", vincou o investigador espanhol.
Segundo Joaquín Rodríguez-León, a mesma molécula, a V-ATPase, está no corpo humano, contudo, a sua função regeneradora "não está ativa", um mistério para a qual a sua descodificação poderá dar respostas para a possível renovação de órgãos após uma lesão grave ou amputação.
O próximo passo da sua equipa é aprofundar o estudo noutros iões, sem ser de hidrogénio, e noutras moléculas que possam ter também contribuído para a regeneração da barbatana caudal do peixe-zebra.
A investigação foi conduzida pelo Instituto Gulbenkian de Ciência, em colaboração com o Instituto de Medicina Molecular, o Centro de Estudos de Doenças Crónicas e a Fundação Champalimaud.
Os resultados foram publicados na revista PLOS ONE.


Fonte: http://www.ionline.pt/

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