Uma espécie de peixe que é encontrada desde as águas costeiras do México
até o sul do Alaska tem chamado a atenção de pesquisadores dos Estados
Unidos. Chamados de clingfish (Gobiesocidae), esses peixes possuem uma
capacidade de fixar-se nas rochas que tem mexido com a imaginação dos
pesquisadores. Estes peixes são abundantes na região e sua coleta é
realizada durante a maré baixa, teoricamente, esta não seria uma tarefa
difícil se não fosse a força com que estes amiguinhos agarram-se as
superfícies, mais adivinhe só, este é o motivo de tanto interesse neste
peixe.
Imagem Petra Ditsche
Pesquisadores
da Universidade de Friday Harbor Laboratories de Washington na ilha de
San Juan estão estudando este peixe para entender como ele pode convocar
tal poder de sucção em ambientes viscosos e molhados.
Os
estudos da biomecânica do clingfish pretende ser útil na concepção de
dispositivos e instrumentos que venham a ser utilizados em cirurgia e
até mesmo para marcar e acompanhar as baleias no oceano. O clingfish
possui um disco em sua parte ventral que é a chave para a capacidade de
segurar-se com tanta força.
Imagem Petra Ditsche
A
força de sucção realizada é tanta que é possível para estes peixes
suportar o peso de rochas que possuam 150 vezes o seu peso corporal
(quando erguido por pesquisadores como podemos conferir no vídeo
abaixo). Toda essa tenacidade vem de um disco localizado na parte
ventral do peixe, o disco é coberto com as camadas de microestruturas da
espessura de fios de cabelo que permitem que os peixes possam aderir à
superfícies com diferentes níveis de rugosidade.
A capacidade
única da clingfish para segurar com muita força em superfícies
molhadas, muitas vezes viscosas o tornam particularmente intrigante para
estudos e aplicações biomédicas. Imagine um dispositivo que poderia
furar a órgãos ou tecidos sem prejudicar o paciente. Indo um pouco mais
longe, pesquisadores também estão interessados no desenvolvimento de
uma ferramenta de codificação para as baleias que permitiria uma
marcação de forma não invasiva para o corpo do animal, diferente dos
dardos atualmente utilizados para a marcação de mais longo prazo.
Referência
• aquaa3.com.br
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